A definição do preço de venda é de grande importância para quem administra uma loja de materiais voltada para atividades de construção civil e reformas, como os comércios de ferro e aço.
Afinal, uma precificação ineficiente compromete a saúde financeira do empreendimento, diminui os ganhos e gera prejuízos silenciosos, como erros na gestão de estoque e funcionários desmotivados.
Neste conteúdo, você aprenderá a calcular o valor ideal para seus produtos. Também selecionamos recomendações e técnicas comerciais que beneficiam a rentabilidade do seu estabelecimento.
Continue lendo para otimizar sua precificação e fortalecer a gestão financeira da sua loja!
O cálculo correto do preço de venda vai além de aplicar um percentual sobre o custo da mercadoria, já que é necessário compreender todos os fatores que influenciam a formação desse valor. Esse conhecimento garante uma margem de lucro justa e atrativa no mercado, capaz de contribuir para a fidelização de clientes.
A seguir, confira os principais pontos que devem ser considerados na hora de calcular o preço de venda.
Este item representa todos os custos para que um produto esteja disponível para venda, considerando desde o valor pago aos fornecedores até as despesas com logística, estoque, tributos, energia elétrica, colaboradores, entre outros. Para não errar na apuração do preço final, é preciso separar os custos em duas categorias.
São aqueles voltados ao produto, desde sua fabricação e compra para revenda até a embalagem e entrega, passando pelo armazenamento.
Estão vinculados ao produto, mas fazem parte do funcionamento da loja, como despesas administrativas, aluguel, folha de pagamento, contas de consumo e perdas por avarias. Mercadorias com baixa circulação ou que exigem condições especiais de acondicionamento devem ter um acréscimo equivalente.
Nem tudo o que o preço representa está no papel. A noção de valor do público consumidor é um aspecto abstrato, mas decisivo. Atendimento diferenciado, exclusividade e conveniência agregam muito.
Chapas e barras de aço podem chamar a atenção se estiverem bem apresentadas, com cortes precisos ou prontas para entrega. Nesse sentido, o comprador pode aceitar pagar mais, mesmo que não perceba todos os custos envolvidos nessa estratégia de venda.
A precificação também deve considerar a realidade financeira do negócio. Para ajudar nesse processo, conheça três métodos eficientes para calcular o preço de venda e evitar prejuízos.
É um índice aplicado ao custo do produto para garantir que todos os encargos estejam cobertos, além de assegurar o lucro desejado.
Vamos supor que você adquira uma chapa de aço por R$ 90. Considere também R$ 10 de tributos, R$ 6 de despesas fixas proporcionais por item e uma margem desejada de R$ 30 por unidade. A fórmula seria:
Markup = 100 ÷ [100 – (10 + 6 + 30)] = 100 ÷ 54 = 1,851
Ao multiplicarmos o custo unitário pelo markup, obtemos o preço de comercialização para conseguir a margem desejada e cobrir todos os custos:
R$ 90 × 1,851 = R$ 166,59
Uma segunda alternativa é integrar no custo total o valor que se deseja lucrar. Imagine que seu estabelecimento fature R$ 180 mil mensais e tenha custos de R$ 45 mil (aluguel, energia, remunerações, comissões etc.) por mês. Seu lucro será de:
R$ 180 mil – R$ 45 mil = R$ 135 mil
Para definir a margem de lucro:
ML = Lucro ÷ Receita = 135.000 ÷ 180.000 = 0,75 x 100 = 75%
Esse parâmetro é útil para reajustar os preços de cada item, conforme suas demandas e capital de giro.
Essa relação matemática aponta o valor dos custos variáveis e fixos por mercadoria vendida.
Se uma telha metálica é adquirida por R$ 150 e os custos somam R$ 100 (embalagem, logística, tributos etc.), o cálculo será:
MC = R$ 150 – R$ 100 = R$ 50
O resultado mostra o quanto você ganha por unidade. Manter uma margem de contribuição consistente favorece a saúde financeira e o crescimento do negócio.
Para que o preço seja estabelecido de forma estratégica, é preciso adotar abordagens que considerem números e comportamentos (mercado, clientes e fornecedores). A seguir, veja ações que ajudam a acertar na precificação.
Observar a atuação de lojas que vendem as mesmas mercadorias melhora a compreensão dos valores praticados. Avalie se os índices da concorrência estão acima ou abaixo da média e levante os diferenciais que impactam essa variação, como atendimento, região, prazos de entrega e serviços adicionais.
O preço de produtos como chapas, tubos, telhas, vergalhões e metalons pode oscilar com o tempo, principalmente devido à influência de fatores como a disponibilidade de matéria-prima e o cenário econômico. Assim, considere realizar essa varredura a cada 2 meses para que sua empresa se mantenha alinhada ao mercado.
Softwares de controle registram custos, monitoram margens, aplicam critérios fiscais e acompanham o desempenho de vendas. Além disso, eles realizam cálculos com precisão e produzem relatórios que facilitam o gerenciamento do negócio. Vale muito a pena investir na digitalização administrativa e financeira do seu comércio.
Uma boa parceria comercial oferece preços competitivos, alternativas de pagamento flexíveis, prazos confiáveis e suporte especializado. Essas condições afetam diretamente sua precificação.
Produtos com baixa saída exigem mudanças no preço, enquanto itens com grande giro podem ter uma margem mais agressiva. Revise esses parâmetros regularmente a fim de definir as melhores estratégias de venda para o momento, como descontos progressivos por volume ou liquidações em períodos sazonais.
Como vimos, calcular corretamente o preço de venda é a melhor estratégia para evitar prejuízos. Saber quanto lucrar por item presente no catálogo é indispensável para cobrir custos, garantir a rentabilidade e manter a loja funcionando. Esse cenário favorece o crescimento natural do negócio, assim como o reconhecimento da sua marca. Com uma precificação eficiente, você abre oportunidades para inovar, investir e conquistar novos consumidores.
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