Conforme as preferências dos consumidores se transformam, é preciso adotar medidas para adequar a empresa a esses novos padrões. Entre eles, a logística reversa representa um excelente meio de equilibrar competitividade com práticas mais sustentáveis no meio empresarial.
Enquanto a versão tradicional se concentra em enviar produtos ao público, a reversa também facilita o retorno dos itens para reaproveitamento, reciclagem ou descarte adequado. Essas medidas estão intimamente ligadas a práticas redesenhadas de consumo e a implementação dos pilares ESG.
Em vista disso, organizamos um guia claro sobre como levar essas ideias para o seu negócio. Siga a leitura para acompanhar!
O conceito de logística reversa está relacionado a um instrumento que auxilia no desenvolvimento econômico e social, caracterizado por ações, procedimentos e meios que viabilizem a coleta e restituição de resíduos. Eles são reaproveitados em ciclos produtivos e podem auxiliar na redução de custos.
A criação da Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei n.º 12.305/2010) tem um papel relevante na adesão desse método no dia a dia das empresas. Isso por estabelecer a responsabilidade compartilhada entre empresas, governo e consumidores na reutilização de resíduos.
A partir dessa nova política, negócios que trabalham com diferentes produtos, como agrotóxicos, pilhas, baterias e pneus, precisam incluir em seus planejamentos medidas para recolher e destinar tais itens.
A aplicação da logística reversa na empresa é capaz de gerar uma série de benefícios, que vão desde o ganho de imagem até maior lucratividade com receitas mais altas e custos mais baixos. Saiba mais, a seguir.
Segundo pesquisa divulgada no g1, 81% consumidores brasileiros apresentam preocupação com o meio ambiente em seus hábitos de consumo. Ao adotar a logística reversa, você adapta o negócio para atender essa nova exigência das pessoas.
Isso porque essa técnica reduz significativamente os impactos ambientais ao fazer o descarte apropriado dos resíduos. Ou seja, há menos contaminação do solo e da água quando a destinação é feita adequadamente.
Com a reciclagem e o reaproveitamento, também há menor necessidade de extrair recursos naturais, diminuindo a degradação ambiental. Isso tudo sem contar que a logística reversa inventiva a economia circular ao prolongar o ciclo de vida dos materiais.
É natural que as empresas busquem lucrar com suas atividades. Nesse ponto, a logística reversa também pode auxiliar, pois ela proporciona ganhos a partir de redução de custos com a reutilização de matérias-primas.
Assim, não é preciso comprar novos insumos e não há necessidade de investir em ações para realizar o descarte. Como os consumidores estão valorizando esse tipo de ação, os efeitos não se resumem a custos.
Esse reconhecimento pode trazer mais oportunidades de vendas e maior fidelização dos clientes que chegam até a loja e valorizam tais ações. Vale destacar ainda que, em alguns casos, é possível aproveitar incentivos fiscais, reduzindo o montante pago em impostos.
Com a Política Nacional de Resíduos Sólidos surgiu a responsabilidade de aproveitar melhor o ciclo de vida dos produtos. A partir dela, também se tornou necessário cumprir essa lei para não levar multas, sanções e até mesmo impedimentos operacionais.
Ao incluir a logística reversa nas atividades da sua empresa, pode-se antecipar às novas exigências e implementar uma estrutura eficiente, que vai permitir cumprir a legislação com mais facilidade.
Vale lembrar que geralmente os órgãos ambientais exigem relatórios periódicos sobre a destinação de resíduos. Porém, com a aplicação da logística esse processo fica mais fácil e essa não será mais uma preocupação.
Para implementar esse processo com sucesso na empresa, é aconselhável adotar uma série de práticas que vão simplificar a aderência e a operacionalidade da metodologia. Saiba mais sobre cada uma, a seguir.
O primeiro passo é identificar os principais resíduos gerados no processo produtivo do seu negócio. Além disso, estabeleça como eles podem ser reaproveitados ou então descartados adequadamente.
Após isso, é possível estabelecer um plano de ação conforme a legislação ambiental e idealizado com as melhores práticas do setor em que a empresa está incluída. Considere ter metas para ajudar na implantação.
Reduzir o impacto ambiental da empresa em 10% em um período de 5 anos por meio da logística reversa, por exemplo, é um bom exemplo. Lembre-se que o plano deve ser claro e mensurável para ser simples de acompanhar.
Há itens que podem ser devolvidos aos clientes. Mas para que essa ação seja aderida, muitas vezes é preciso ter postos de coleta acessíveis. Há diferentes práticas válidas para esse fim, como:
Quanto mais fácil e vantajoso for o retorno de materiais, maior será a aderência, tornando a logística reversa mais eficiente e sustentável.
Além de ter parceiros nos pontos de coleta, contar com o suporte de empresas especializadas em reciclagem pode ser uma ótima solução. As cooperativas e órgãos ambientais são especializados em destinar adequadamente os resíduos.
Também existem prestadores de serviços que atuam segundo a legislação e contam com um processo eficiente, que aumenta a produtividade da logística reversa. Ao trabalhar em conjunto com vários atores da cadeia de produção, as chances de fortalecer esse processo e ter impactos mais significativos são maiores.
Acompanhar de perto os resultados é importante para ajustar os processos e garantir que tudo funcione cada vez melhor. As variáveis e indicadores que podem ser relacionados com quantidade de materiais recolhidos, utilizados e descartados.
Os investimentos em tecnologia podem simplificar esse monitoramento, além de aumentar a transparência em todo o processo, gerando dados que vão auxiliar na tomada de decisão empresarial.
Conforme abordado neste conteúdo, é possível entender que a logística reversa é fundamental para promover a sustentabilidade e a competitividade das empresas. Assim, além de aprofundar os conhecimentos, vale a pena adotar as dicas que citamos aqui para implementar novos sistemas e enfrentar novos desafios.
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