Um dos deveres de todo projetista é analisar o ambiente ao qual o metal será exposto, bem como o tempo de exposição. Em aspectos gerais, é mais vantajoso utilizar materiais resistentes ou métodos de proteção contra os efeitos do ambiente.
Muitas vezes, porém, devido principalmente a questões financeiras — e mesmo sabendo que ocorrerá deterioração —, metais sem preparação são utilizados. Um dos problemas causados pela exposição do aço ao ambiente é a corrosão, um fenômeno químico que degrada o metal, chegando ao ponto de prejudicar suas propriedades mecânicas.
Neste post, explicaremos brevemente o que é e como ocorre a corrosão do aço e apresentaremos algumas formas de contornar esse problema. Confira!
A corrosão é derivada de dois processos eletroquímicos: a oxidação e a redução. O primeiro deles é a retirada de elétrons livres de um átomo. O segundo ocorre quando o átomo toma elétrons livres para si.
De forma simples, para que a corrosão ocorra, devem existir esses elétrons livres — ou seja, átomos que necessitam de elétrons para se estabilizar e um meio pelo qual isso ocorrerá (como a água, para os metais, presente inclusive no ar atmosférico).
A corrosão pode se apresentar de diversas maneiras: atingindo o material todo, parte dele, em fendas ou nos grãos (muito internamente) do metal.
Alguns desses problemas estão associados apenas à aparência. Outros, mais graves, dizem respeito a falhas de peças que perdem suas propriedades mecânicas, causando vazamentos e interrupções de processo.
Pinturas específicas servem como proteção, pois criam uma espécie de barreira contra os agentes externos. Quando aplicadas dessa forma, elas recebem o nome de inibidores.
O revestimento também pode ser temporário, para efeitos de transporte ou de estocagem, por meio de óleos ou de emulsões. Nesse caso, a limpeza posterior é uma etapa importante do processo.
Lembre-se de evitar ainda que o material entre em contato com a água antes de estar protegido.
Outra forma de evitar a corrosão é por meio de materiais próprios para situações em que o problema pode ser previsto. Afinal, se o projetista já tem noção de onde será utilizado determinado metal, por que não evitar a corrosão logo na fonte, evitando problemas futuros?
Para isso, existem os metais inoxidáveis, um aço denominado ligado. Tais metais são obtidos a partir da adição de níquel e cromo. Este último elemento, ao reagir com o oxigênio, cria uma camada muito fina de corrosão, prevenindo que ela ocorra de forma mais profunda.
Existem limitações de uso quando cloro e salinidade fazem parte do ambiente, mas, no geral, essa é uma solução eficiente.
Além dos aços inoxidáveis, existem o galvanizado e o galvalume. Aço galvanizado é aquele que possui uma camada de zinco depositada sobre sua superfície. Esse revestimento serve, assim como no aço inoxidável, como uma camada de sacrifício.
Já o galvalume é uma liga de alumínio, zinco e silício. Ele tem como grande vantagem a resistência à corrosão em ambientes atmosféricos, sendo ideal na construção de telhados. Pode, ainda, sofrer tratamentos superficiais, melhorando até mesmo sua durabilidade.
Formas mais simples de prevenção de corrosão envolvem evitar que as junções de metal acumulem água, sirvam como barreira ao ar atmosférico ou permitam que a água escorra entre as placas. Se não for possível inibir totalmente a passagem de água, a sugestão é criar quebras nas conexões para drenagem.
Como podemos ver, existem diversas formas de contornar a corrosão do aço. Faça uma análise do local de aplicação do metal para saber qual solução ― ou soluções ― utilizar para evitar a corrosão.
E você, lembrou de mais alguma forma de evitar a corrosão do aço? Conte pra gente aqui nos comentários e compartilhe seus conhecimentos!