Dermatite Atópica Canina: Causas, Sintomas e Tratamento

A pele protege contra agentes externos e evita a perda de água; alterações na camada córnea comprometem essa barreira.

Cães

Tempo de leitura: 4 minutos

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A pele desempenha diversas funções, sendo uma delas a de atuar como uma barreira anatomofisiológica contra agentes externos, protegendo o corpo de agressões causadas por fatores físicos, químicos, microbiológicos e patogênicos (ALVES et al., 2018). A barreira cutânea, camada mais externa da epiderme, conhecida como camada córnea, é composta por células chamadas corneócitos, envolvidas em uma matriz lipídica. Quando saudável, a função dessa barreira é impedir a perda de água transepidermal, manter a pele hidratada e evitar que agentes externos penetrem o corpo do animal por essa via. Qualquer alteração na composição, estrutura ou funcionamento dessas células pode comprometer a função protetora dessa barreira (LUCAS, 2019). 

 

A dermatite atópica canina (DAC) é uma das dermatopatias alérgicas mais comuns na clínica de cães. Trata-se de uma patologia hereditária e multifatorial, que provoca lesões pruriginosas na pele. Os animais acometidos desenvolvem alta sensibilidade a alérgenos ambientais, como ácaros, fungos, leveduras, alimentos, pólen e poeira. A patogênese da DAC ainda não é completamente compreendida, mas acredita-se que cães geneticamente predispostos apresentem deficiência na barreira cutânea, o que permite a absorção, inalação ou ingestão de alérgenos, desencadeando uma resposta imunológica de hipersensibilidade do tipo 1 (SOUZA et al. 2022). Raças como Labrador, Golden Retriever e Bulldog são mais predispostas a desenvolver essa condição, segundo a American College of Veterinary Dermatology.

 

Essa condição afeta o bem-estar do animal, levando a desconforto e coceira intensa. 

Sintomas

Os sintomas mais comuns da dermatite atópica incluem:

  • Coceira intensa (prurido)
  • Vermelhidão e inflamação na pele
  • Infecções secundárias devido à coceira excessiva
  • Lesões na pele, como crostas e feridas
  • Queda de pelos em áreas afetadas
  • Otite externa (inflamação no ouvido)

Diagnóstico

O diagnóstico da dermatite atópica canina é feito por exclusão, já que não há um exame específico para confirmar a doença. O médico veterinário pode utilizar testes alérgicos intradérmicos ou sorológicos para identificar alérgenos, além de descartar outras causas de prurido, como parasitas, infecções fúngicas e/ou bacterianas.

Tratamento

O tratamento da dermatite atópica canina deve ser individualizado, considerando raça, estágio da doença e gravidade das lesões. O controle de ectoparasitas é essencial e o uso de medicamentos tópicos contra fungos e bactérias ajudam a aliviar o prurido e a inflamação decorrentes das infecções secundárias. Glicocorticoides também são eficazes, mas podem causar efeitos colaterais a longo prazo. Alternativas terapêuticas incluem ciclosporina, inibidores de citocinas pruridogênicas e anticorpos monoclonais. De acordo com a American Veterinary Medical Association (AVMA), a imunoterapia pode melhorar a qualidade de vida dos cães com dermatite atópica, reduzindo a dependência de medicamentos a longo prazo.

 

A terapia tópica com shampoos e sprays, junto com hidratantes para recuperar a barreira cutânea, é essencial, pois uma barreira cutânea íntegra evita a perda de água, mantém a pele hidratada e protege o organismo contra a entrada de agentes externos.

Prevenção

Embora a dermatite atópica não tenha cura, medidas preventivas podem ajudar a minimizar os sintomas:

  • Manter o ambiente limpo e livre de alérgenos
  • Evitar passeios em locais com alta concentração de pólen em épocas específicas do ano
  • Usar produtos específicos para a pele de cães atópicos, como shampoos hipoalergênicos

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Fontes:

  • ALVES, B. H.; VIANA, J. A.; LEIRA, M. H.; et al. Dermatite atópica canina: Estudo de caso. PUBVET, v. 12, n. 8, p. 1-6, 2018.
  • American College of Veterinary Dermatology. (https://www.acvd.org/)
  • American Veterinary Medical Association. (https://www.avma.org/)
  • LUCAS, R. Semiologia da Pele. In: FEITOSA, F. L. F. Semiologia Veterinária: a Arte do Diagnóstico. 3. ed. São Paulo: Roca, 2019. P. 497-522.
  • SOUZA, B. C., PEDROSA, G. R., LOPES, L.P; et al. Dermatite Atópica canina: Revisão de Literatura.

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